Espera

Na terra lavrada do meu corpo,

Nascem caminhos velhos,

Imensos,

Do tamanho das pedras com a idade do mundo!

Na singeleza do meu pensamento,

Abro a madrugada no teu peito

E cubro de lava cinzenta a tua pele...

Viaja-me a dor,

Numa fecundação de maresia e sol,

Repousando na ilusão

Da tua nau...

Amarro-me numa tempestade de sol,

Pranto solto na raiz da terra,

Vida deslizando em nada...

Rasgo-me no arco do tempo

Numa espera...

goretidias
Enviado por goretidias em 14/04/2007
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