Avião de papel
O vento que invade a janela
Trás na garupa o cheiro dela
Carrega o frio da distância
Bate no meu peito a saudade
Mais tarde deve chover
E o vento molhado traria você
Faríamos da grama nossa cama
O mundo seria nosso quintal
Deitados, amaríamos o céu
A chuva molhando o seu coração
Se ela não estragasse o papel
Viajaria hoje mesmo no meu avião