burca

O tempo de espera tornou-se pouco diante do infinito.

Quando você chega sinto brisa em rodamoinho.

Meu coração sente o suave sopro do teu sorriso.

És tu a chegar! É chegada a hora de amar.

Eu sei te aguardar no concurso da vida,

Porque tudo que tem seu valor possui tempo de espera.

Assim como a flor a ser entregue pelo mercador

Ou o efeito do remédio que alivia a dor,

Você é minha anestesia e flor.

E surpreendido pelo curso do passeio

Deparo-me, contigo, na entrada de um ninho

Sem o mínimo pudor e receio.

Como és linda ainda que te recuses a se ver no espelho.

Amo ver teus olhos expressivos de odalisca.

Ah! Como é bom ver-te muçulmana, humana,

E como bailarino, livre, danço no seu ventre.

E o convite para a dança veio de um chamamento.

- Venha amor, entre.

E entro. E a odalisca me chama para o banho

Após juntos chegarmos ao céu de Alá

Tu que me roubas e eu que sou Ali Babá?

Passo em ti o segundo bálsamo de alegria,

Pois teu corpo é ouro que ilumina e contagia,

Cega, agita e eleva bem alto minha alma.

Maravilhosa tarde fria em Bariloche.

Com duchas vulcânicas e céu espelhado.

E você envolveu teu corpo com uma burca

Para brincar com toda nudez castigada

E deixar-me louco pela tua boca.

Faz-me ficar maravilhosamente febril .

Queria que brincasse comigo de enfermeira

Só para pegar gancho, em ti, neste novo role-play,

Pois juntos somos Eros & Imaginação.

Triste foi a hora da Virgem - Maria, a da saída.

Sem problemas. Tem volta esse renovado retorno

Pois qualquer tempo de espera torna-se pouco,

De novo, diante do infinito.

Aetatis Kyon Bozó Paçókos
Enviado por afroditevil em 05/10/2013
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