AUSENCIA III









As folhas, a luz, o silêncio,
testemunhas das longas horas
que passo consumindo essa
paixão que no meu peito
incendeia,
O vulcão que alimenta minh’alma
prestes a expelir labaredas,
ora me contenta, ora me acalma,
mas os véus da noite me atormentam
em dores, quando vejo que não
estais aqui, a tua ausência deixa-me
louco, e, percorro o meu leito, e, é
nessas horas... que eu tenho medo de
mim, de ti, de tudo...
e as horas se tornam longas, e...
tudo isso atormenta o meu ser,
mas ao mesmo tempo me acalmo
pois sinto em carne viva que tu
gostas de mim, e isso alimenta
e recobre a tua ingrata ausência.