Sentires da Alma

Tu, que paira como borboleta

Pelos sete véus de todos os céus,

Imprimindo-se feito quimera

Em cada gota de orvalho deslizante

Sob a face do peito, do preito és solidão!

Quando pousas sobre as pétalas

Um perfume de jardim exala-se

Da fonte da pedra entre os seios,

Semeando do prisma todas as flores

Das sete cores, do mar são só as dores!

Lá, quase no horizonte

O sol adormece deixando o tempo à lua

Despertando aqui pelos lagos do leste,

Acontece da brisa dentre os tecidos

Toda forma de navegar, do beijo comunhão!

Por tudo que a noite instiga

Seja em mistérios ou introspecções,

Embriaga-se daquele sentir de vozes altas,

Um tanto tremulas, etéreas... Amantes

Amor de sonhar, de viver entre as estrelas

Bordando os lençóis de luz, de versos de seduzir!

09/10/2013

Porto Alegre - RS