UM CAIPIRA SOLTEIRO E SANFONEIRO

Um caipira sortêro e sanfonêro

Sinhá, eu num sei falá

Num tive iscola pra estudá

Nem cunsigo cum as letra

Esparramá pra iscrevê

Coisas bunitas pra ôcê

Sô um home trabaiadô sem dinhêro

Minhas riqueza posso te falá

É o fole da minha sanfona, sinhá

Com ela posso inté cantá

Tenho também uma viola

Que tamém aprendi no oiá e escurtá

Cun eles posso inté tentá

Uma vida nova nois começá

Mais sinhá, num quero uma arventura

Só ficá cum as luz da lua

Nem se aproveitá das escuridão

Pra ficá brincano cum as mão

Quero se casá cum vois micê

E seu home sempre sê em toda hora

E nas estrada vamo a vida levano

Puxano o fole e chorano a viola