Desejo e sina

Os amantes se perderam

Na noite escura e densa,

Aos olhos das estrelas nuas

Ao som do fado;

A música calma e intensa

Sofria de prazer e dor. Agonia.

Parecia um terno e eterno momento;

E soltam-se as amarras.

É o destino que se cumpriu;

Nada mais era proibido.

Juntas, a liberdade, a prisão,

As algemas desatadas. Gemidos.

Pelo sussurro das bocas,

Pelos poderes do desejo,

Pelo singrar das mãos galopantes,

Dava para sentir o cheiro do amor.

Mesmo que os amantes confundam

Pecado, desejo e sina;

E as leis rezem ao contrário,

O amor não nega o seu momento.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 18/10/2013
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