MEU RANCHINHO
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Meu ranchinho é encantado
Tem lagoa grande de pescaria,
Tem flor e plantação no roçado
Onde reina paz, amor e alegria.
 
Minha casinha é feita de barro
Meu chão é de terra batida,
De bois, é o meu nobre carro
No eirado a esteira estendida.
 
Amo meu rancho todo de branco
No quintal muitas rosas em flor,
À sombra da mangueira tem banco
Tem água pura, peixinhos e amor.
 
Tenho-lhe muito amor e paixão
Pois ele me traz muita felicidade,
Não o troco por nenhuma mansão
Mesmo que seja na melhor cidade.

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José Coelho
Agradeço à querida amiga poetisa Meriam pela linda interação.

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CAZINHA BRANCA
Quisera eu ter um rancho
Com casa branca caída,
Rede em paredes com gancho
Para ouvir a passarada.
 
Na frente um rio murmurante
Mergulho da meninada,
Pôr-do-sol  extasiante
E noite enluarada.
 
Na horta plantar morangos.
Gerânios, pelos beirais,
No mato ver os calangos
Formando belos casais.
 
Arapuca para a caça
Beber água do poço,
Acenar para quem passa
Enquanto o cão rói o osso.
 
Ver o tempo pela lua
Nova, cheia e crescente!
Poder andar pelas ruas
Tranqüila de antigamente.
 
Assar o pão para a ceia,
Com bilros tecer a roupa,
Bola de gude ou de meia
Cortinas feitas de estopa.
 
Ir à missa domingueira
Para com fé comungar,
Depois bela domingueira
Poder o cobreiro curar.
 
Lavar a terra com afinco
Feliz e agradecida,
Ouvir a chuva no zinco
Como se fosse outra vida.

% Meriam Lazaro %

*****

Obrigado querida amiga poetisa Zemary, pela linda interação “amei”

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zemary
Não tenho rancho amigo
Mas bem que gostaria de ter,
Pra fugir do inimigo
Que nos assalta ao amanhecer.

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Obrigado querido amigo “grande poeta” pela maravilhosa interação; Deus lhe abençoe.
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Jacó Filho
Foi pela alma escolhido,
O ranchinho onde eu moro...
Lá existe tudo que adoro,
E o que planto, é colhido...

 *****
Obrigado querida amiga Hull, pela magnífica interação, amei.
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Hull de La Fuente

SE NÃO FOSSE O SACI
A tua casa na roça
A Meriam inspirou
Lembrei da velha palhoça
Onde meu pai me criou.
 
Era lá no pé da serra
Um rio passando perto
era a mais linda da terra
De vizinho, era deserto.
 
De dia a passarada
Nos fazia companhia
eu e toda criançada
Vivíamos com alegria.
 
Confesso eu tinha medo
E vou contar pra você
Dele não faço segredo:
O tal Saci Pererê.
 
O Saci era o terror
Também para meu irmão,
Pois sentíamos o fedor
Do cachimbo em sua mão.
 
Mas nas noites de luar
Meu pai nos contava história
Que guardei para contar
Aos meus netos, de memória.
 
Da casa só a saudade
Ficou guardada comigo
O progresso e sua maldade
Acabou com aquele abrigo.
 
O Saci colaborou
Para empanar a lembrança
Da menina que restou
Do tempo em que fui criança...

Hull de La Fuente
 

 

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Aguardo-lhe para um cafezinho
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José Coelho Fernandes
Enviado por José Coelho Fernandes em 20/10/2013
Reeditado em 20/10/2017
Código do texto: T4533644
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