Cinzas
Tantos erros, tantas promessas, tantos "nãos"
Sonhos resumidos à pó, palavras ditas e eu sem armadura
Rasgasse meu corpo e meu coração, com tantos julgamentos espinhosos
Agora me vejo aqui com tantas feridas, em cima de tantas cicatrizes
Me dei completamente, te dei minha'alma e meu corpo
Jogaste tudo fora, como coisa que não se quer
Acreditei em tantos sonhos e planos
Equivocada estava eu, em imaginar, em cogitar que sonhos podem ser realizados
O que mais me dói é lembrar da tua doce voz, que disse "vai dar tudo certo"
Lembrar que um dia teus olhos brilharam ao me ver chegar
Agora te pergunto, que amor é esse que muda como mudam as estações?
Que logo ontem era fogo e agora é gelo?
Em meu peito ele ainda está aceso, mas me queima sem pena
E resume meu coração à cinzas
Seguirei espalhando estas cinzas por onde eu passar
Quem sabe um dia, em outrora qualquer, esse coração se transforme em fênix
E ressurja das cinzas, quando um "outrem" amar-me outra vez
Segue teu caminhos turbulento e sombrio de sentimentos
Deles não preciso mais.