HISTÓRIA DE UMA ROSA
“Historia de uma ROSA”
Rosa bailava ao som da suave brisa deixando o orvalho como lágrimas respingar no seu manto verde em uma manhã de primavera, linda, como era linda, seus encantos, seu perfume embriagava a distraída abelha no seu primeiro apanhar de néctar.
Lindas, suas pétalas aveludadas, vermelhas quase pretas desabrochavam para adornar a natureza. Tão linda intacta rainha do jardim, talvez estivesse dizendo delas sou a mais pura, a mais querida, sou a “Rosa”.
Coitada, mesmo com um discreto espinho ferindo aqueles malvados dedos, ela foi arrancada de seu majestoso trono e ficou o vazio como se já fosse o outono.
Rainha, prisioneira se foi, não sei ao certo o seu destino, talvez enfeitar o canto de uma pobre ou rica sala, enfeitar sorrisos de uma mulher ou o silencio de um funeral, enfeitar o quadro de um santo ou na pior ser a brincadeira de um mal me quer, bem me quer, não sei, restou apenas o perfume que a brisa vai aos poucos levando ao acaso, restou apenas seu lugar na natureza para renascer outra “Rosa” na próxima primavera.
Eu, passageiro no tempo Foz do Areia “ano 1980”