A janela dos seus olhos

A janela dos seus olhos

Inconstantes

Quando se fecham, quer dizer que a luz acabou?

Ou você está aí enxergando no escuro

Piscando sem mesmo sentir

Enquanto seu coração entra num compasso único

Ao abrir os olhos

O vento fresco lhe corta

O quente que havia adormecido também

Entre tantos

Entre mim

Entre você

Entre!

Às vezes me sinto como um manequim

Estático,

Mas continuo respirando

porque se alguém parar por ali

estarei, eu, como um todo, sendo notada, também.

Meu chá já esfriou faz tempo

Mas continuo pulsando

Com ardor e tristeza

Nas horas que ainda restam

Da minha incontrolável vontade de atingir o céu.

Mariana Rufato
Enviado por Mariana Rufato em 28/10/2013
Código do texto: T4545939
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