A arte de amar

A arte de amar

“Na arte de amar seremos sempre aprendizes”

O amor não pede licença para entrar em nosso peito, surge já instalado. O desejo é que nos determina, aliás, nos domina goza da mesma autonomia, resta-nos ceder e esperar... Como o amante espera pela pessoa amada e, sobretudo teima em navegar, às vezes sobre águas turvas da não correspondência desse amor.

Ah! Queria eu tê-la em meus braços e como um beija-flor deliciar-me no mel dos lábios seus. Percebo que insisto naquilo que me fere, ora, “o que nos faz sofrer não pode ser amor".Mas, como folhas secas soltas ao vento sinto que já não posso comigo, vou desandar, quero de novo ser caminhante, deixar de pensar em você, mas, sei que é impossível, porque contemplo em silencio a tua imagem, tento adivinhar o que você deseja, e na ânsia de te amar atravesso continentes em busca da deságua, o meu rio no teu mar...

Sua ausência prenuncia uma chegada o que me faz não querer enxergar os desencontros. Sei que só o amor compensa outro amor, este pode despertar até mesmo uma paixão inexistente. Por isso, cultivo a arte de amar! Mas afinal quem sou eu? Sou o homem que te ama; que se deleita em ouvir o timbre de sua voz; homem que vive para sua chegada e se entrega à sua espera.

Nietzcche
Enviado por Nietzcche em 19/04/2007
Código do texto: T455830
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