Opostos

Eu sou a letra

e você a melódia,

você é a cronica

e eu a poesia.

Eu sou o sol,

você a lua,

mas com você

queria fazer amor

até na madrugada

na rua.

Eu suco de laranja,

você a cervejinha,

nem tão oposto,

pelo menos

agente fica na amarelinha.

Eu gosto do drama,

você dá comédia.

Eu sou a expressão da intensidade,

você ponto do equilíbrio.

Eu gosto do coração,

você da razão,

eu vago nas palavras

estou sempre no incerto talvez

e você é sempre sim ou não.

Eu gosto da loucura, do mudança.

Você põe meus pés no chão,

mesmo que minha cabeça

continue voando.

Eu sou desejo reprimido quase adolescente.

Você sempre fez o que quis

não pulou fases.

Eu sou de fases,

tem horas que me sinto eclipse

e você o astro rei.

Eu sonho alto

e você me comedido,

mas senti e mergulha

nos prazeres mas forte

que eu.

Ai, sinto medo,

mas bom o afeto,

o aconchego.

As vezes eu sinto falta

do que era,

mas sinto falta do será.

Ah! A falta de será

não da para descrever

a falta do que não teve.

O oposto, o não ser do número,

as vezes parece te completar

e as vezes transbordar.

Tem hora que vem sofrer,

mas o amor

ou paixão não é coisa para se entender.

Os opostos se atraem e se pegam!

Viviane Barbosa da Cruz
Enviado por Viviane Barbosa da Cruz em 15/11/2013
Reeditado em 15/11/2013
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