ENTRE MUITOS AMORES
Os amores são muitos e tão incertos, como o tempo,
Aparecem e desaparecem, são de difícil sustento.
Os amores não têm cores, disfarçam suas intenções,
São perigosos, lançam ataques a incautos corações.
Entre os muitos amores, não se distingue os leais,
Os melhores amores são muito discretos, formais,
Os piores, mal intencionados, venenosos e maus,
É difícil escolher os amores, apenas os tradicionais.
De todos os tradicionais, os amores mais especiais,
São a poesia, a música, a natureza e os animais.
Dádivas de Deus, pra toda a nossa vida amarmos,
Tal como eles também se entregam e nos adoram.
Esses amores não alimentam ilusões nem ciúme,
São sinceros, esperam apenas reconhecimento,
E que lhes seja dispensado o mesmo tratamento,
Que Deus lhes concedeu, sem receio e azedume.
Ruy Serrano, 17.11.2013, às 22:20 H