UM CASEBRE E UM LICOR


Em um dia de sol
sigo caminhando só
por uma estrada
que parece sem fim...
Ao longe avisto uma mangueira,
quero sombra e um copo de água fresca.
Caminho lentamente até chegar,
só folhas,
não tem mangas,
apenas marcas no chão
são os teus rastros,
deixados ao passar por aqui.
Vi que também esteve sentado à sombra,
ela é convidativa,
meus pensamentos nessa hora
também são...
toco o chão onde pisou,
sinto teu cheiro,
meus pensamentos voam
criam imagens,
aquele casebre abandonado
ali na minha frente (bobagem)
fico imaginando,
que por amor moraria nele,
só para ver teu rosto em cada nascer do sol...
Levanto-me, chacoalho a poeira,
paro de pensar besteira
e sigo adiante.
O sol teima em ficar cada minuto mais lindo
e mais distante...
Ouço o canto do Nhambu
já à beira do rio Cunhaú,
sento-me, descanso
para ver o mais lindo por de sol.
É deslumbrante...
Você, sua imagem à distancia
traz nas mãos
um crepe de banana e chocolate,
e um licor contreau...
Assim selamos nosso amor...
Ouvindo strauss e vendo o sol se por!


da série: Loucuras.


Teresa Cordioli
Enviado por Teresa Cordioli em 22/04/2007
Reeditado em 30/04/2007
Código do texto: T459054
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