Epopéia de nós - 13.06.2000

Se o inferno me chamar

E eu o recusar,

Se o paraíso me deter

E eu me rebelar,

Saibas que e porque seu nome

Veio se escrever

Na pureza e no vime

Desta terra sangrada...

Se todos os sacrifícios

Que fizerdes e como juras

Eu sou o motivo e não fachada,

Fazei-os por si próprio

Que e parte do que supro j[a de eras

Tão curtas e tão intensas

Que o demônio não demarca,

E se olhardes o passado

Eu, de plebeia a monarca,

Tudo fui no que estive contigo.

Das danças que dancei

A tua me enlevou ao dos deuses abrigo...

E dos cortes que levei

O teu eu mesma roubei

Como uma droga pura

Que trouxe da vida a aventura.

Laura Lucy Dias
Enviado por Laura Lucy Dias em 04/12/2013
Código do texto: T4598976
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