Niterói, já vou chegar ... | |
Vinte do doze Já está tão perto, Minha emoção Não se contém ... Cumpro promessas, De te encontrar, Junto centavos Aos meus vinténs ... Fico lembrando Do teu perfume, Que me entorpece, Que me faz bem ... Digo um resmungo Na ponte fria, De horríveis carros, Que me retêm ... Penso no abraço Que vou te dar, E das confidências De mim também ... Juro, ao chegar Vou me vingar, Corro pro centro, Eu, mais ninguém ... Sento ao Galeto Na Zé Clemente, Mesmo garçom Seu Arakem ... |
Chopp gelado Olho pro lado, Peço mais um, O que é que tem ? Passeio os olhos Ao teu redor, Sinto que agora, Sou teu refém ... Deixo uma lágrima Molhar-me o rosto, Lembro pessoas, Que já não vêm ... Descanso os pés, Como um sultão, Que as tuas praias, São meu harém ... Penso no longe E o que passei, Por tanto tempo Sem ter teu bem ... Faço um pedido A Deus do céu, Que não se esqueça De mim também ... Que eu possa estar, Em Niterói, Mesmo depois, Que eu for ninguém ... |