Niterói, já vou chegar ...

Vinte do doze
Já está tão perto,
Minha emoção
Não se contém ...
 
Cumpro promessas,
De te encontrar,
Junto centavos
Aos meus vinténs ...
 
Fico lembrando
Do teu perfume,
Que me entorpece,
Que me faz bem ...
 
Digo um resmungo
Na ponte fria,
De horríveis carros,
Que me retêm ...
 
Penso no abraço
Que vou te dar,
E das confidências
De mim também ...
 
Juro, ao chegar
Vou me vingar,
Corro pro centro,
Eu, mais ninguém ...
 
Sento ao Galeto
Na Zé Clemente,
Mesmo garçom
Seu Arakem ...
 
 
 
Chopp gelado
Olho pro lado,
Peço mais um,
O que é que tem ?
 
Passeio os olhos
Ao teu redor,
Sinto que agora,
Sou teu refém ...
 
Deixo uma lágrima
Molhar-me o rosto,
Lembro pessoas,
Que já não vêm ...
 
Descanso os pés,
Como um sultão,
Que as tuas praias,
São meu harém ...
 
Penso no longe
E o que passei,
Por tanto tempo
 Sem ter teu bem ...
 
Faço um pedido
A Deus do céu,
Que não se esqueça
De mim também ...
 
Que eu possa estar,
Em Niterói,
Mesmo depois,
Que eu for ninguém ...
 
 
Germano Ribeiro
Enviado por Germano Ribeiro em 05/12/2013
Reeditado em 07/12/2013
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