Súplica

Súplica

Os sinos dobram, de saudade, pelo vento que não veio.

Faróis dos carros se chocam com pingos de chuva.

Uma luz tênue ilumina meu dorso encharcado.

A rua solitária, eu solidão.

Amor maior ecos da ilusão.

O tempo afaga, escorrega pelos vão dos dedos.

Vidas e segredos se perdem pelo caminho.

Chuvas inundam minha alma sedenta.

Das flores apenas espinhos a sangrar a carne.

Os sinos dobram de saudades pelo vento que não veio.

Numa esquina qualquer da vida paro a contemplar a chuva.

Amor Amor Amor!

É tudo que sei tudo que não sei.

Minha doce ilusão meu sonho maior.

Por onde caminhas por onde vagueia teus pensamentos?

Os meus são teus a todo o momento.

É como o raiar do dia.

Não chorarei mais é que não tenho lágrimas.

Não gritarei mais, pois a voz já não me sai.

Não falarei mais, não tenho mais palavras.

Na quietude do meu silencio continuarei te amando.

Mesmo que a compreensão a prive do entendimento.

Amantino Silva 11/12/2013