Sufocado amor

Perdeu-se a vontade de sentir sua essência e seu real valor perante nós,

atando-nos e deixando-nos cada vez mais a sós.

Casamentos frustrados e amizades frouxas abalam nossas casas,

e o que nos restam são tijolos quebrados e apenas um pouco de massa.

Porém, a preguiça humana é gigante em relação às chances de juntar os pedaços e recomeçar,

para que se conserve o sentimento mais precioso do mundo e ter a chance de ajudar os outros e também se salvar.

Pior ainda são os que desacreditam, contestam, não crêem e dizem que não,

e mal sabem que desse jeito aos poucos vão matando o coração.

Tanto a si mesmo quanto aos outros vão se perdendo por si só,

e o amor que havia no peito, nele há um grande nó.

Desatar parece fácil, mas as pessoas são complicadas,

inventando desculpas e opiniões para viverem os prazeres passageiros e poder continuar erradas.

Quando é trocado pela paixão sempre dará errado,

e as pessoas cegas com olhos que enxergam perfeitamente,

não conseguem ver por tamanha ignorância e voracidade,

caindo com velocidade na perdição.

Lamentando e proferindo mentiras horrorosas,

culpam o amor sem pudor.

Por ilusões vergonhosas,

nos mostram seu baixíssimo valor.

Nesse sofrimento todo o amor ainda tenta sobressair a muitas causas,

mostrando suas qualidades e probabilidades de algo novo.

E para que se traga as soluções e se extinga todas as mágoas,

é preciso que se tire o amor desse grande sufoco.

Felício Mendes
Enviado por Felício Mendes em 28/12/2013
Reeditado em 28/04/2016
Código do texto: T4628433
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