Labirinto de Saudade.
Os dias decorrem lentamente.
A brancura das nuvens vem suavemente
emoldurar a janela do meu quarto.
Por ela contemplo a vida que me esvai.
Por ela vejo a tarde quando cai.
E, solitariamente, navego na saudade,
trazendo esperança e serenidade
ao meu coração, que clama por ti...
Nosso querer é tão grande
que vence a distância,
mas meu desejo de ti é maior
e não me conformo por estar só.
Mais um dia longo se arrastará
e mais lamentos do meu coração.
Como dói esta paixão, amor,
como incomoda esse clamor!
Mais uns dias, apenas
e minha pena diminuirá.
Isto é consolo? Jamais será.
Tua presença para mim é vital
e sem ti a vida perde a cor.
Tudo se torna banal...
As conquistas se perdem no vazio.
Meu poema fica sombrio
e a saudade quer me matar.
Não é depressão o que sinto:
é a saudade que me prende,
que me mantém em seu labirinto.
(às 06:49 hs do dia 25/04/2007)