A MINHA ESTRADA

A MINHA ESTRADA

(ANTONIO)

Liloca,

hoje ao acordar

eu me lembrei de ti,

da tua pele alva, cabelos com tranças,

éramos, então, duas crianças

crescendo com os folguedos da infância,

se essa rua fosse minha,

atirando o pau no gato,

indo buscar água no Itororó.

Tu ficando só

olhando meus olhos, talvez as estrelas

e eu sem perceber na inocência

que já me querias. Saudade,

(LILOCA)

Antonio,

saudades sinto eu daquelas primaveras.

quando apertava as tuas mãos

e na inocência tu não entendias.

Fomos crescendo e

cortei as tranças,

mas sempre olhando o teu mimoso rosto,

cuja beleza me enlouquecia

e eu sem saber o que era aquele frenesi.

Foram passando todos os folguedos,

a inocência foi sumindo

até que um dia em noite enluarada,

naquela areia fina da estrada,

me fizeste mulher.

Não fui mais de ninguém.

Liloca é uma poetisa de Canindé, minha terra natal Até hoje ainda somos amigos.

Antonio Tavares de Lima e Liloca Xavier de Medeiros
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 30/01/2014
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