COMO ESPUMAS

O amor que vira,

hoje, é ira...

Nem a força da minha lira

pode aplacar-lhe,

será que amor que virá

há de deter-lhe?

Terei o novamente

o prazer de amar,

ou como espumas

a beira do mar

hei de terminar;

Inerte como as rochas

que um dia foram mar...

Sentimentos: ódio,

rancor, mágoas e tristezas

estruturam minha fortaleza

a beira do mar.

a proteção indesejada

afasta inimigos, mas

amores também.

A margem outrora quente

agora faz gemer o cálcio

enfraquecido pela dor

da solidão que solidária

não se aparta de mim.

odeio a mim mesmo

por ainda te amar...

quisera morrer no mar

e em espuma me tornar...

Mestrekamel
Enviado por Mestrekamel em 17/02/2014
Código do texto: T4695243
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.