Decesso dos olhos

Quente como um respirar de um vulcão

Frigindo os lábios entrelaçados

Permitindo o decesso dos olhos

Para ir para a dimensão dos sentidos aguçados

Vou te pertencendo assim

Na intensa volúpia do instante

Sentindo,

Como se morresse para o que é deveras sensato

Deleitando-me na loucura do ato

Na conjunção carnal

Dos nossos corpos casados

Na entrega total do instante

O eterno então é selado

Findando o instante insano

Atentei-me para o proposto

O real não era o que via

Mas era o que enxergava

Quando meus olhos encerrados estavam