Renovação

Tardarei por um instante para ver-te,

e sentirdes com o tempo de solidão.

Refrescar minh'alma sóbria,

antes que se mate o coração.

Agora, meu amor, deixe-me livre,

que andarei por estradas lamacentas,

molhadas, lambuzadas, sangrentas...

Sendo este um tesouro perdido,

um remédio para meu fraco sossego,

um sentido,

um pedido de arrego.

Oh, amor,

e quando voltar, não se esqueças,

do jantar e da mesa posta,

ponha o traje que tu mais gostas,

e venha celebrar esta ocasião.

Felício Mendes
Enviado por Felício Mendes em 24/02/2014
Código do texto: T4704347
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