Fugaz volição

No belo dia ocioso

surge uma noite estonteante

meu amado e incrédulo astro

aparece ao bipe desconcertante.

Às cinzas move-se a loucura

contemplante prazer gritante

nos escondidos sinais da palavra berrante

e signos da dita lenda,

incessante poder irritante.

Caminhando ao som da brisa

anseios movidos ao dia afetivo

descompasso e trágico ato

à lenta e malevolente expressão rebenta.

Sensação rejeitada pela vulcanização

com cores quentes da noite vaga

contraste do insensato sentimento

desmoronado pela voz desta,

sociedade de volição mestra.

Trago minh'alma à tona

para a extrema dor do acaso

mesmo o mais belo avança

e a mágica mesmo tremendo

traz mistérios ao descaso.