Em uma tarde de primavera

Em uma tarde de primavera,

Contemplo-te, e assim fico entorpecido

E como se iniciasse uma nova era,

A beleza, respondo emudecido.

Em algum momento, percebo teu olhar,

E como em dois horizontes paralelos

Sinto-me em outro lugar,

E só consigo proferir: Como são belos!

A coragem, aos poucos parece retornar,

E vejo em teu semblante um sorriso

Pareço que estou a flutuar...

Em direção ao paraíso.

Sento ao teu lado e penso:

-Ah como quisera!

E um beijo se faz tenso,

Na tarde de primavera.