O AMOR QUE NUNCA TIVE
Pela calada da noite, senti murmúrios,
Acordei com um sorriso entre os lábios,
Eram palavras de amor, de interlúdios,
Que anjos da noite traziam em abraços.
Não voltei a adormecer, perdi o sono,
Com a sensação de estar abraçado
Ao meu amor imaginário, agradado
Com seus encantos, não era sonho.
Passei a noite entre visões de prazer,
Com alguém que imaginei conhecer,
Afinal não passou dum breve sentir
Do que eu desejava amar e possuir.
Até à aurora chegar e o galo cantar,
Eu entre lençóis ainda me mantive,
Sentia-me aconchegado a imaginar
Poder ter um amor, que nunca tive.
Ruy Serrano, 18.03.2014, às 12:20 H