Carícia
De onde vem?
Do ar que respiro, e faz pulsar meu coração,
ou quem sabe, de um transportar,
onde mergulha a minha solidão...
Sem origem fiel, devassa, e muitas vêzes,
acolhe a sofreguidão, mas nunca deixa,
de ser, uma esperança em vão...
Quem é você?
Que suga o meu viver, sem responder o porquê...
Me acalenta nas amarguras, e sempre consola
o meu doce amor em ter...
Tem você, identificação?
Acho que não! Pois, na força da ilusão, se afasta,
sem um porque são, e quando rebato,
sempre me deixa na solidão...
Sabe ser sincera?
Nessa cartilha, você foi só desilusão...
Não aprendeu a conjugar o coração...
Sua maestria, me decepcionou, pois a sua alegria,
não conseguiu enfeitar a sua premissa...
E você, tem carícia?
Acho que não!
Não sabe ouvir o meu espelhar são,
sempre me deixa confusa, não me recomenda,
temendo vantagens então...
E você, sabe sonhar?
Nos 'sonhos dos meus sonhos', é a figura
do palco do meu viver bem em prosseguidão...
Resplandesce o meu vislumbrar, cativa
o meu estar, e, quando não, suaviza o meu esperar...
Me coloque, carícia, nos seus sonhos, pois assim,
não serei a sonhadora dos seus desenganos...
Muitas vêzes, te acho rude, e até sonsa,
me repele o seu estar, e sempre que posso,
me ponho a pensar...
Seria você, a 'Dama de Ferro', que me faz desnortear...
Fígura símbolica de amor então,
presença nativa no meu coração,
cativa a todos, da criança ao ancião,
do luar ao meu insólito padrão,
reflete em flocos, toda a sua compaixão,
resplandesce a qualquer negligência, em vão...
Então carícia... Vamos nos dialogar... Escute...
Seria você a fonte do meu estar...
Estaria você embalada no meu fugaz sonhar...
Teria você um ato para eu participar...
Ficaria feliz, por ser na sua atuação,
o que me proponho a dar...
Ou quem sabe Carícia...
Se sugestão não tem a questionar, por favor,
me cale, com o seu murmurar...
Vera laponez