Indômita nostalgia.
Eram tantos risos de crianças, em estradas mansas,
De poeiras finas...
Aves de rapina a sobrevoar.
Mata densa bem fechada,
Donde a passarada inicia-se o revoar.
Eram tantos risos de esperança
E a ave avança, sem se preocupar.
Cercas vivas, coloridas,
Cercam vidas reprimidas,
Querendo se libertar...
Mas, eram tantos risos
De meninos sem os cisos,
Pois pirraçam pra brincar.
Os pensamentos saltam montes
E se perdem no horizonte
Das verdades se escondem
Brincando de acreditar.
Eram tantos risos sem cobranças
Espalhando confiança,
Tão visíveis no olhar!
Corda bamba que balança,
Em tempestade e bonança,
Quase sempre o céu alcança.
Livres! Prontos para amar.
E assim a vida encanta,
A tristeza d'alma espanta,
E a paixão se torna tanta!
É impossível o pousar.