O amor é arte!

O amor é arte!

Das tão completas, quanto complexas.

E quanta complexidade há em toda forma de amor!

Há complexidade e competência.

Amplitude e experiência.

O campo do sentimento maior entre os homens é tamanho!

Enormemente desvendável...

Basta apenas paciência.

Não se desvenda o amor por pontos cartesianos.

Nem tampouco por cartas de tarô.

É preciso tateá-lo, como deficiente visual.

O amor é arte!

Das maiores já produzidas.

É dança bem ensaiada, teatro bem produzido.

Música muito bem entoada, para impressionar pela beleza.

É poeira recitada com a alma.

De olhos fechados, de cor.

O amor é arte de antigamente.

Feito galanteio, serenata, carta perfumada laçada em cetim fino.

E não deveria jamais perder a formosura!

O encantamento do flerte subentendido.

O odor das rosas rubras envoltas em seda e celofane.

A caixa de felicidade em pequeninos pedaços, embrulhados...

Não deveria o amor ser substituído por qualquer outra coisa!

Pela luxúria do momento de excitação.

Pelo olhar mal intencionado, pela mão escorregadia da cobiça.

O amor é arte!

E parde seu encanto sendo sexo, somente.

Perde o brilho apaixonado do luar,

Transformando-se só no satélite terrestre a pairar lá no céu.

Perde as estrelas a iluminar o caminho.

E viram elas pedaços de um vidro fajuto, reciclado.

Coisa qualquer de se ver...

Coisa nenhuma a causar impressão!

O amor é arte impressionista.

A primeira impressão sua causada no peito repica pela eternidade.

Faz tudo valer a pena.

Ou a pena jamais querer ter validade.

E então a gente precisa fazer valer cada segundo!

Se não para quem nos assiste, para nossa própria imagem frente ao espelho.

Vivemos em constante ensaio de felicidade.

E o amor é um desses ensaios todos.

Ensaiamos a melhor desenvoltura, para atingir a perfeição.

E, no entanto, há vezes em que a perfeição é inatingível.

Por mais arte que haja.

Por melhor que seja o espetáculo.

Se não acreditarmos na força do sentimento maior humano,

De nada adiantará a busca.

Ela será em vão, certamente.

O amor é arte!

E nós, artistas.

Uns mais experientes e qualificados.

Outros mais retrógrados e um pouco mais vagarosos.

Contudo, a arte do amor é chão de ambiguidade constante.

Chão de terra firme e nuvens a pairar.

Um raio e um arco-íris enfeitando o chover da tarde.

Amor é arte, é experiência, carência, carinho.

E só se torna o homem artista à medida que abre seu coração ao novo.

Experiencie! Exemplifique!

Investigue e ponha em prática!

A arte de amar é bela demais para tão somente contemplá-la.

Torne-se o artista você também!

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 18/04/2014
Código do texto: T4773525
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