POR QUE AMÁ-LA?

Só não amo

a vida,

porque desse amor, sei:

sair-me-ei perdedor!

Seja na PENHORA NATURAL;

num SÚBITO CONFISCO;

ou eu, nos autos processuais

do MEU CRIME PASSIONAL.

Por que amá-la,

a vida,

se profetiza

a me perder

um dia?

No mais,

no tudo,

amo inconseqüente.

Talvez não,

ou creio sim:

um mutante enamorado,

adolescente!

RODRIGO PINTO
Enviado por RODRIGO PINTO em 07/05/2007
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