ANONIMATO DOS AMORES...


Montado com simplicidade aconchegante.
Propósito, displicência, falta de pudor, algo é visto.
Sem censura comprova visitante, não questionando.
Nega-as a propriedade dos objetos, ignora-se.

Conversa daqui, dali diz alguém que,
O chama de matadouro do ser conquistador.
Deve haver motivos para nome ignóbil.
Pela manhã tarde noite é frequentado.

Chega-se a conclusão de que, só a independência,
É temida sua franquia como antes ao lugar.
Em uma crise, independência era chamada.
Chave entregue vem o medo assustador, flagra.

Resolve-se visitar o anonimato dos amantes proibidos.
Declara-se amor, paixão, desejo escancarado,
Entregue as fantasias impulsivas sem planejamento.
O importante é a junção escondida seja onde for.

Ninguém vê ninguém sabe ninguém testemunha.
Só bocas mãos corpos eternizam o momento.
Esquece-se o apartamento lugar chamado matadouro,
Pois onde existe amoral independência não entra.

 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 21/04/2014
Reeditado em 01/06/2014
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