ALÉM DE TUDO QUANTO SEI

Eu te amo...

Eis a frase mais pronunciada pelo meu silêncio nessa madrugada em que mesmo diante de ti, sinto saudades tuas.

Saudades da imprecisão das horas que eternizam gotículas de uma chuva dourada de paixão, irradiante, fascinante, inebriante...fugitiva de teu olhar alimentado pelo brilho do meu, que tanto te devota.

Dos segundos vividos com a intensidade da vida, onde o sorriso ensolarado por tua presença, desistiu de partir de mim, fragmentando em digitais do teu sabor que mora nessa eterna vontade de te fazer eterna.

E assim te fez meu coração: infinda!

Como a descompostura e a ebulição que o simples imaginar me faz sonhar quando te busco em reencontro e quando te abraço sem medo de perder-te.

Como a lâmina que escapa dentre as rochas para encontrar no mar a estrada proporcional à sua aventura. Que nada mais é do que a tradução de um andarilho coração dentro em mim, que de ti não desiste, que por ti se reinventa, que sem ti não se avista e que reaparece apaixonado a cada sol.

Eu não te amo como amam os amantes. É razão demais para caber em mim. Eu não te alastro no desenho do céu, que é minúsculo ante a dimensão da desmedida beleza a te acercar e a me fazer refém.

Eu não te amo como amam os poetas e cantores, escravos das liras e herdeiros das penas - que nos moldes da métrica em vão se dão aos exageros - todos eles menores do que tu.

Eu te amo como apenas nós sabemos, como só o pó do tempo poderia compreender. Com o escudo posicionado, com a espada erguida, com os espinhos cravados nas mãos e com as flores esmagadas aspergindo perfume.

Como a valsa do vento estatelando o vitral, convocando os olhos para um passeio rumo ao fascínio. E de mãos dadas percorro os mesmos caminhos de ontem com a juvenil sensação do entusiasmo presente no amanhã.

Sem direito a ser perfeito, sem defesa por meus crimes, sem martírio menor que meu triunfo, sem vontade alguma de precisar não te perder. Sem vencer para obter toda vitória.

Como o deslumbrado homem a trazer nos braços a imerecida dádiva.

Eu te amo desde o dia em que te vi. Porque de lá pra cá nada mais vi. Posto que outra canção não escutei e nem sequer me apercebi se o tanto que te amo eu já quantifiquei...

Porque só duas convicções me restaram...

Que sempre te amarei...

E que esse amor será tal como sempre foi: maior que tudo quanto sei!

****************************************

"À minha esposa e namorada Giselle Ribeiro, pelas duas décadas que nem vi passar, uma vez que tão somente a ela via. Te amo!"

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 22/04/2014
Reeditado em 22/04/2014
Código do texto: T4777990
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.