Obra prima

"Amor: chama ardente

como o fogo que não se vê;

Dói, porém não se sente

a chaga do porquê.

Amor: feito um puro suspiro loquaz;

é o amor que tudo pode, tudo encontra,

tudo traz...

Na rosa ferida vira pétala colorida;

vira espinho de pura felicidade,

Vira o caminho para longínqua amizade.

É o amor que com a voz trêfega,

as mãos suadas,

torna-se o pranto

a cólera saudosa

na infinita madrugada...

É este mesmo sentimento,

feito de puro contento

tira o sono de almas atreladas...

Amor: ferida incurável

e remediada contra todos os males!

É o amor inesgotável

que permite-nos pedir ao outro

que jamais cales...

E com gestos brandos e ternos

ele torna-se de salvação;

também assim sereno amor será eterno

na sua própria perdição...

ah! Que vivam os enamorados!

Que cantem enquanto dure

o infinito!

Que estejam de braços dados,

tornando o mundo mais bonito...

São com poucas palavras

e afagos carinhosos

que se faz a bela história;

são apenas pensamentos manhosos

perdidos na consciência da memória..."

Andrea Sá
Enviado por Andrea Sá em 08/05/2007
Código do texto: T480020