o amor acaba.

o amor acaba.

como um castelo

de cartas, um viaduto

que desaba.

só se percebe

no sábado ao se acordar.

quando tudo silencia,

na praia ao fim

da tarde

ou durante o jantar

quando se repara

o brilho do anel

que já não brilha,

o vinco na memória

que falha, o canto

de Morgana que anuncia:

todo ser que se move

é uma ilha.

Poema do livro Filhas do Segundo Seo

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