CHEIA DE ALEGRIA
Em teus ouvidos, minhas dores,
Choros, gritos, dissabores...
E tu serenamente sorrias.
O bálsamo dos cabelos dourados
Descia ao peito dilacerado,
E cada vez menos doía.
As lembranças evanesciam,
Quanto mais teus lábios sorriam
Mais minhas lágrimas secavam,
O forte café e o sol poente
A noite surgia contente,
As estrelas me alegravam,
Singelas umas assoviavam
As outras, melodiosas, cantavam
Um suave e doce estribilho:
“Ela tem cândida beleza,
Lindo riso e toda pureza,
E nós imitamos seu brilho”
De modo que o firmamento
Lançava um encantamento
A cada segundo que passava,
As nuvens bailavam no entorno
A lua iluminava o contorno
E o céu, tua face formava.
Umas estrelas assoviavam
Outras, melodiosas, cantavam
Um suave e doce estribilho:
“Ela tem cândida beleza,
Lindo riso e toda pureza,
E nós imitamos seu brilho”.