Em Cinco Minutos
Meus cinco minutos, enquanto espero o ônibus, não são em vão.
Pois vejo ao fundo o Morro da Televisão
Assim eu fico em frente a sua casa
Coloco no papel uma idéia que não passa
As flores que te mando de manhã cedo
São os presentes de quem não tem medo
Medo da “soltura” do sentimento e prática do amor
Medo de amar e não sentir dor
Quando minhas mãos riscam e rabiscam
Ignoram e apagam
Sinto que nesse vai e vem
Meus melhores sentimentos se propagam
Contemplo as folhas de sua árvore, escrevo num papel.
Percebo tanto um mosquitinho, quanto a imensidão do céu.
Amar-te é fazer parte de um mundo de contemplação
É sair da praticidade que endurece o coração
Contemplo tudo o que é feito por Deus
O sol, o mar, a lua e os olhos teus.
Naufrago em meus sonhos a realidade do que virá
Penso no que vai viver numa rotina que amanhecerá