Em Cinco Minutos

Meus cinco minutos, enquanto espero o ônibus, não são em vão.

Pois vejo ao fundo o Morro da Televisão

Assim eu fico em frente a sua casa

Coloco no papel uma idéia que não passa

As flores que te mando de manhã cedo

São os presentes de quem não tem medo

Medo da “soltura” do sentimento e prática do amor

Medo de amar e não sentir dor

Quando minhas mãos riscam e rabiscam

Ignoram e apagam

Sinto que nesse vai e vem

Meus melhores sentimentos se propagam

Contemplo as folhas de sua árvore, escrevo num papel.

Percebo tanto um mosquitinho, quanto a imensidão do céu.

Amar-te é fazer parte de um mundo de contemplação

É sair da praticidade que endurece o coração

Contemplo tudo o que é feito por Deus

O sol, o mar, a lua e os olhos teus.

Naufrago em meus sonhos a realidade do que virá

Penso no que vai viver numa rotina que amanhecerá

Renata Mofati
Enviado por Renata Mofati em 11/05/2007
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