Um bosque...um encontro de amor.
Nós dois.
Eu não digo nada.
Os afetos aprisionados,não cantam...
Suspiram,revelam.
Somos afinal...
Um desvio,um desafio,ou apenas um amor,
Uma dor qualquer... arrastada pelos cabelos.
A lágrima é insistente,inconviniente...
Por que chora tanto a poesia?
Se nos sonhos dela,posso deitar-me no teu
colo...em um bosque,perdido,escondido...
Se nos "seus" devaneios,pode-me enfeitar os cabelos,
com todas as flores,e morrer de amor por mim...
Ah poesia...por que vivo no teu mundo ainda?
Por que mergulho no teu corpo,buscando vorazmente
o que de ti,ainda desconheço...
Se na minha pele alva,marcaste o teu nome...
Foi o meu sangue,que usas-te como tinta?
Pereço...das promessas,dos vinhos,dos caminhos
Que eu ainda não percorri.
Vou engolir essa nota,a melodia que não cantei nos teus ouvidos.
Vou ouvir os teus gemidos roucos...loucos de amor por mim.
Melhor assim...a poesia alivia a poetisa.