QUASE SEMPRE NÃO SEI DE MIM

Evaldo da Veiga


Às vezes gosto do que escrevo

Muitas vezes nem suporto

Sofreguidão, desejo de livrar-me do texto

É o que sinto quase sempre

Busco uma síntese que não chega nunca

Ah, que vontade de ser breve

Insuportável dizer sem um alvo

E, estupidamente, necessidade de dizer

Não sei o por quê de necessidades do que sinto

Só sei que não gosto de minhas necessidades baratas

Pobre vida, de não fazer o que seria o essencial

Dizer sempre o lindo

Amar sempre o amor


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