Amor, algo enigmático!

Inaudível, soberano e majestoso deleite, assim é o amor de compreensão, amor de palavras silenciosas, quando se fala apenas se ouve, um sussurro, um gesto, amor de desvaneio para os loucos, incapaz de suportar tal dor, incapaz de reter o calor, fruto de uma paixão sem limites, que se desfaz na doce ilusão do tempo... amor só é amor quando se dói, quando se deixa escorrer pelo interior do corpo, da alma, como uma canção entoada pelo destro artista... somos tão pequenos e mesquinhos, avarentos e zombadores, deixamos a mescla de valores adquiridos erradamente fadar nossos sonhos, damos ouvidos a voz a razão quando na verdade, queremos apenas seguir nossos instintos... meu amor se vai, volta, se desfaz e se recompõe, no silêncio do coração apenas as batidas compassadas de ritmos, desafinados, com acordes tocados por remédios, que me levam além da capacidade de ver ou crer... coração de tinta e papel, assim nos revela o desejo da alma, quando se ama pintamos o nosso quadro, fazemos da mesmice uma companheira distante, amigos só de brincadeira, esquecemos o fato e trocamos o óbvio, o amor é assim mesmo, um dia ele chora, outro dia ele nos deixa a merce de nosso fracassos, pudesse eu entender como mero mortal o maior enigma do mundo, o amor.

AUGUSTO SABAOTE
Enviado por AUGUSTO SABAOTE em 17/06/2014
Reeditado em 17/06/2014
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