Amor às cegas.

A lua esconde o verso no fundo de um coração

que escondo nos relâmpagos onde te procuro.

Cicatrizou o teu recado que doeu mais

que um amor infinito não correspondido,

que o beijo selvagem que não roubei.

Agora o perfume de todos os amanheceres

em que não estavas comigo me empresta nova vida

quando fenece a sombra com a luz do novo dia.

Que se liberte a tua alma represada

nas pálpebras de uma infância que não mais canta.

Singro por becos escuros onde tuas pegadas

deixaram raízes.

Escreverei o meu destino

com o silêncio dos teus olhos e da tua boca,

saboreando as gotas de chuva que banharam o teu corpo,

quando tua claridade alimentava a minha alma.

Barthes.

BARTHES
Enviado por BARTHES em 18/06/2014
Código do texto: T4849312
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.