ATÉ AQUI?


É uma paixão esperançosa de um dia ser só do outro ser.
Dizer nada existir é uma barbárie, pois na hora do estar
No que mais gosta a distinta gruda pegajosamente,
Provocando um vexame com susto enorme no momento.

Olhos arregalam, pois outrem se encontra ao lado.
Jamais isso poderia acontecer naquele lugar reservado,
Somente para dois amantes entre quatro paredes.
Até aqui, sem testemunha ocular, pois impera desejos.

Como acreditar nas palavras faladas até de saudades,
Para não perder uma imagem tão limpa de tudo.
Demonstração da força segura quase entra em êxtase.
A criatura não parece existir, pois não se perturba, cala.

Como ímã colam-se ficam saciados esquecendo ocorrido.
É tempo de Copa do Mundo valendo comemoração.
Antes do término vibra-se de pura emoção inebriando.
Não há gritos, mas gemidos e sussurros alucinantes.
Realidade se permite liberdade e não ilude coração.


 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 24/06/2014
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