Estigma

Sem ele sou nau sem rumo,

vela sem pavio, vaso sem flor.

Por ele mudei meu rumo,

transpus barreiras,

criei coragens, ousei.

Com ele preciso estar,

pois é a luz a guiar

os espaços que percorro.

A fim dele estou hoje,

estive ontem e estarei sempre,

algo me diz.

Para ele ofereço tudo,

o que posso e o que não posso,

o que devo e o que não devo.

É ele o estigma, o carma

que a vida reservou,

para essa carência de amor.

marlene andrade reis
Enviado por marlene andrade reis em 08/09/2005
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