Minha doçura!!!
Teu coração esse tesouro abandonado,
vou levar antes que interrogues ao silêncio denso,
pelos mistérios sagrados
que não te permitem recusas aos meus beijos,
à esse meu desejo tão intenso.
A tua carne nua clama por mim quando perdidas estás pelas ruas,
o meu cheiro e o teu cheiro se misturam gaiteiros
debaixo das luas que desafiam o céu de janeiro à janeiro.
O teu rosto, a magia do teu gosto, intensificam as cores do céu,
estando ou não o sol posto,
esse céu cruel de Camus indagando aos poentes de Argel,
sobre dores que nunca sofri
És a minha andorinha, minha rainha,
fantasia pela qual o meu destino caminha.
Não me abandones jamais,
senão o planeta sufocará com todos os meus ais.
Barthes.