Que ninguém explique
Ardor em firme coração nascido,
Prantos por belos olhos derramados,
Lágrimas por lábios secados;
Sono por olhos velados;
Que ninguém explique;
Flores por sol forte secada.
Cinzas em pó, em sombra em nada;
Que ninguém explique; que ninguém explique.
Em teus olhos o sol o dia à noite;
O ar fresco em ti enamora,
Que ninguém explique que ninguém explique.
Que alegre.
Que sonora que suave
Que ninguém explique;
A sombra da noite que mais lhe agrada.
Veras então que a vida és bela e mais
Amor e mais amores.
Que ninguém explique; que ninguém explique.
Que a saudade é o pior tormento.
Pior que o esquecimento! Se
Ao menos teu nome pudera ouvir,
Que ninguém explique; que ninguém explique
Nem ao menos um eco me responde
Oh!Pedaço de mim, leva consigo os meus olhos.
Que espanta e desespera que na alma
Geme e que consigo traz consigo um que de horrível
Que ninguém explique;
Eu deixo a vida como um tédio
E assim pouco a pouco deixo
Os meus hábitos imito o amor,
Que ninguém explique;
Vivo o amor, não mais caro que uma...
Paixão. Sons perdidos nostálgicos secretos.
Eu não busco saber não
Procuro anexo naquilo que dos
Venenos os torvos vejo a luz
Mas essa dor me devora
É mortal triste,
Que ninguém explique; que ninguém explique.
É da força dos segundos, do choro!
Da energia que imito o amor.
Vivo o amor:
A chorar, amar. Que ninguém explique; que ninguém explique.
Geusa Henrico