ILUSÃO
Não sei, com certeza,
O que mais amo em você,
Se a ternura
De sua verve,
Ou a textura
De sua pele.
Para ludibriar a solidão,
Dou o nome de realidade à ilusão,
Contemplando a sua beleza
E apreciando o seu buquê
Em toda parte:
Na música amiga que me faz companhia,
Na nuvem rosada que encerra a tarde,
Na luz peregrina que se despede do dia,
Nas primaveras passadas,
Nos futuros outonos.
Porque a vida é feita de pequenos nadas
E de grandes sonhos.