Fim de tarde!

Aos poucos voltei à consciência, depois de tempos perdida em pensamentos e devaneios ou mesmo perdida em fantasias. Os fatos se mostravam tão claros, evidentes, culminando ao desfecho da história, qual história? O leitor se pergunta. E tudo começa assim: marcavam no relógio 15:00h e eu quis conhecer um museu que ficava no centro da cidade, eu havia chegado naquela cidade, há pouco tempo e ainda não tivera a oportunidade de conhecer os pontos turísticos, as belezas do centro histórico daquela cidade, sim, porque toda cidade tem um centro, o inicio daquela que um dia fora um povoadozinho, mas que foi crescendo e crescendo até chegar numa grande cidade.Assim, iniciamos a história. Partira eu com roupas leves, era inverno, mas naquele dia estava um sol lindo, um clima agradável, quis ficar confortável sem muito peso e me sentir levitando, tem dias que levito internamente com o tempo aberto, sol claro, brisa suave e paisagem tranquila, perfeito para mim! Parti completamente envolvida com a harmonia do que estava ao meu redor, eu conseguia abstrair apenas o belo, o real do irreal, caminhava em dissonância com a realidade, levada por instinto de que havia algo mágico no ar... Suspirei quando vi um pássaro em voo livre, parecia contemplar aquela tarde comigo, quis segui-lo, e por alguns segundo conseguir, mas que desastre, splaf! Dá pra acreditar que eu havia esbarrado em alguém e que agora me olhava bem fatal? Com o choque do encontrão fiquei mais atordoada, veja que situação! Coloquei as mãos na boca e comecei a ri, ri, e ri, o que eu poderia fazer? Não dava pra explicar o porquê eu estava andando distraída. Espere aí, você deve está se perguntando quem será a pessoa que ficou me fuzilando? Vou contar. Contive-me do riso e olhei e vi parado um belo rapaz, moreno claro, aproximadamente um metro e oitenta de altura, corpo esbelto, cabelos levemente cacheados, barba aparada, tudo isso vislumbrei em segundos, tudo mágico, até parecia que eu estava em transe e a cena não era real, mas era sim, muito real. Aproximei-me dele e disse: - perdoe-me, por favor! Eu não quis..., oh! Perdoe-me, que vergonha! Ele respondeu: - você faz isso sempre? Anda por aí sem olhar pra frente? E me fitou nos olhos, pude me aprofundar na beleza do olhar dele, nossa! Era um mel tão límpido, tão intenso, tão mágico! Pude sentir o cheiro dele, perfume amadeirado me convidava a aproximar-me cada vez mais... Sentir os meus poros arrepiando-se com aquela mistura de raiva, cheiro e confusão. Sem saber o que dizer, balbuciei: - eu... eu, observava um pássaro voando livremente, me desliguei completamente, acho que eu estava voando com ele. Ele agora ria, e que sorriso lindo! Olhou mais uma vez dentro dos meus olhos e disse:- você está bem? – eu disse: sim, estou, obrigada! E ele disse: que bom, volta para realidade, vai ser mais seguro pra você. Eu falei: - que vergonha, me desculpe, mas eu vivia algo tão mágico que não podia parar, você não vai entender. Ele falou: - olha, já que aconteceu de nos cruzarmos, e você não parece está com pressa, que tal se tomássemos um café, aceita? Ah! Muito prazer, meu nome é Ricardo e o seu? Eu disse: oh! Sim, o prazer é meu, Lara. Aceito sim, podemos conversar mais sobre esse momento trágico. Numa tarde linda de inverno, andando distraidamente pela rua da cidade de Fortaleza Ceará que Lara e Ricardo iniciaram o seu romance e uma linda história de amor.

BY: Socorro Castro

Socorro Castro
Enviado por Socorro Castro em 17/07/2014
Código do texto: T4885878
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