Nossa Luz

Deito-me e o silêncio da noite se faz presente.

A escuridão é acalentada pelo luar distante e não me sinto tão só: tenho a Lua e as estrelas.

A névoa dançante de um incenso me hipnotiza

e meus olhos já fechados iniciam um devaneio...

O silêncio é preenchido por uma memória risonha, de um dia que rimos feito crianças; por um filme que havia trazido a impressão de ter sido visto pela sexta vez...

O breu da noite se cala diante toda a claridade da mais brilhante estrela que jamais minha visão havia se encantado...

A dança da fumaça lembra meu corpo abraçando o teu e o mundo todo indo pros ares...

Vejo que você mais uma vez em breve estará deitado aqui, comigo e a solidão se despedaça.

Não há espaço para ela aqui e jamais haverá, pois a borboleta preta ficou do lado de fora da janela e apenas a azul pousou no meu ombro.

Aquela estrela iluminada brilhará ainda mais forte hoje e amanhã mais forte duas vezes, pois ela está em expansão ainda e levará milênios para deixar de existir...

até lá nossa alma se unirá de tal maneira que fará surgir por si uma nova.

Somos a estrela um do outro. Somos a invenção de um amor jamais vivido. Somos você e eu num devaneio e numa fantasia utópicamente real...

Renan Sposito
Enviado por Renan Sposito em 18/07/2014
Reeditado em 03/06/2021
Código do texto: T4887342
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