Simplesmente
Fico simplesmente feliz
Ao viver do momento já passado
E lembrar do que fiz
Enquanto estava ao seu lado
E fico simplesmente alegre
Mesmo sabendo do futuro incerto
Por saber que me fiz entregue
Enquanto eu estava perto
Fico simplesmente com temor
Ao saber que quem se interessa pouco
Vence o jogo do amor
E que não deveria, eu, declarar-me feito louco
E fico simplesmente descontente
Com vergonha do sentimento
Por ter te amado assim tão de repente
Sem o tempero certo do tempo
Mas fico simplesmente sem pranto
Na consciência de que se surge a poesia
Seja escrito, então, o canto
E declamado, depois, com energia
Mas fico simplesmente com
E fico simplesmente sem...
(Matheus Santos Melo)