SERENATA

Como se quisesse agradar ao inexistente ocasional,
Da janela alguém escuta uma canção mitológica.
Classicamente é indução ao momento mágico iluminado.
Falta do bem conquistador, amante sedutor encantado.

Longe bem longe outrem suspira pelo perdido amor.
Com o tempo, a criatura se santifica, mas não engana.
Ainda quente, ser deseja a substituição imediata do ente.
Fica-se assustado pela desconsideração atuada ligeira.

Encanto de seresta permite aquecer coração.
Oferce para você, tocador de viola o presente criado.
Como resposta acontece encontro surpreendente.
Encomendas chegadas se fertilizam os sonhos, confiança.

Submissão por necessidade justifica falta de comunicação.
Entende-se o momento do descanso parar recuperar.
Mas inteiração é predominante pelo amor devotado.
Existe hora para tudo sem pressa, exaustão casual.

Amante, lá debaixo da janela vivencia corpo cobiçado,
Como uma prenda brilhando nos sonhos reservados.
Noite acolhedora em que o casal fica satisfeito, supera.
Na horinha certa do convite perfeito na boca carnuda.

Não há como ceder chegando a vez resguardo conveniente.
Como devoção não resiste ao chamado no momento.
Gente humilde aproveita a serenata quando na vontade,
É mandar embora de uma só vez quando nada existe.

 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 06/08/2014
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